O reitor, a reitoria – e o dinheiro público
O que querem os “revolucionários da USP”? O que eles querem é simples: que a polícia saia do campus. Por que? Por um pensamento explicitado por uma carta aberta dos “pesquisadores da USP”. Dizem eles que a PM é “incompatível com o Estado Democrático de Direito”. E por achar que a polícia inibe o pensamento. Ah, é? E, nos estados democráticos de direito dos “pesquisadores da USP”, que é que garante a lei e a ordem? Os livros de Karl Marx?
A USP, embora território autônomo, não é soberano. Portanto, não há que se falar em invasão nem em presença da USP no campus, dado que, se a lei impera ali, a PM, guarda dela, tem a faculdade de entrar na USP. Isso é fato. Não há discussão.
Então o que querem os “revolucionários” da USP? Vai saber...
Depois que foram obrigados a deixar a reitoria, começaram a reclamar de uma ação violenta por parte da PM. Mentira! Toda a ação foi gravada. Não houve nada. Numa nota da PUC, dizem que, “a título de comparação”, na operação do Carandiru, foram mobilizados cerca de 300 policiais, enquanto na reintegração de posse da USP foram 400. E daí? A quantidade maior de policiais serve mais à segurança dos estudantes do que para a dita violência – já que, com menos policiais, os que lá estivessem teriam de usar mais força para realizar o mesmo trabalho.
Enfim. A nova reivindicação velha são as eleições diretas para reitor. Ora, vão estudar!
A USP é uma universidade pública e os paulistas devem escolher quem vai geri-la. Como estamos numa democracia representativa e o que melhor representada a vontade do povo é o Governador do Estado, é ele quem deve escolher o gestor da universidade. Aos membros da universidade, deu-se o poder de limitar a escolha do Governador a uma lista tríplice. Se os alunos quiserem escolher quem vai gerir a universidade, escolherão também bancá-la totalmente. Porque ficaria fácil demais: os paulistas pagam, os estudantes, sem um mísero votam, escolhem que vai gerir. Isso mesmo, senhores revolucionários das roupas de marca, querem mandar vão ter de pagar por ela – por toda ela.
Vão estudar, uspianos revolucionários!!! É o que a maioria dos uspianos fazem – e é para isso que estão aí.
BY: Paulo Bomfim.